No Domingo, 6 de agosto de 2024, ocorreram as eleições municipais em todo o Brasil. Em Bom Retiro, a candidata eleita foi HELENA SCHILD DE OLIVEIRA pelo partido União Brasil, junto com sua vice, ROSA LUIZA PEREIRA DA SILVA (Rosinha) do PSDB.
Algumas considerações da eleição de prefeito:
- Helena ganhou com mais expressividade nas comunidades Santa Clara, Paraíso da Serra e Canoas tendo mais votos que os outros dois candidatos juntos (somados).
- Nas comunidades Cambará, Três Pontas e Capistrano, Helena também ganhou, mas com uma margem menor.
- Fernando Keko foi o vencedor nas comunidades São José, Costão e Barbaquá, com margens de 24, 10 e 20 votos, respectivamente, ao segundo colocado.
- Everaldo Capistrano chegou a ganhar em uma comunidade, Frederico, onde Keko teve seu menor número de votos (5 votos).
- A diferença em número de votos foi menor entre Keko e Everaldo (547 votos) do que entre Keko e Helena (653 votos)
Considerações da eleição para o cargo de Vereador:
- O vereador mais votado foi Jocemar da Silva (Mali) com 537 votos, e o menos votado foi Nátila Bezerra, que não computou nenhum voto.
- Alessandra Lemoni (PL) com apenas 1 voto conseguiu ser eleita suplente, já Marquinho Schuler (REPUBLICANOS) com 164 votos, não conseguiu nem chegar na condição de suplente (devido ao sistema proporcional e ao funcionamento das quotas partidárias, mais detalhes ainda nessa publicação).
- Jé Nunes foi o vereador mais votado na comunidade Santa Clara.
- Na comunidade do Paraíso da Serra quem levou mais votos foi Professor Guilherme.
- No Costão, quem levou mais votos foi Landir.
- Marquinho Schuler foi o vencedor de votos na comunidade Canoas.
- Jocemar levou mais votos na comunidade Barbaquá.
- No bairro São José, o vereador Cléber dos Passos (Binha Barbeiro) levou a maioria dos votos.
- Já no Frederico, quem levou a maioria dos votos foi Daniel Sangaletti.
- No Três pontas houve um empate triplo, entre Professor Guilherme, Daniel Sangaletti e Sandro.
- Eduardo Neckel levou a maioria dos votos, na comunidade Cambará.
- Por fim, no Capistrano, Josimar Reich (Josi da Saúde) foi quem levou a maioria dos votos.
Qual a diferença entre ser eleito vereador por quociente partidário ou por média?
Quociente partidário (ou eleitoral): No Brasil, a eleição de vereadores segue o sistema proporcional, que prioriza a eleição de representantes de acordo com o desempenho dos partidos ou coligações, em vez de apenas os candidatos mais votados individualmente. O quociente partidário é a fórmula usada para calcular quantas vagas um partido ou coligação terá na câmara de vereadores. Ele é calculado dividindo o número total de votos válidos pelo número de vagas disponíveis para o cargo.Por exemplo: Se houve 100.000 votos válidos em uma cidade e há 10 vagas para vereador, o quociente eleitoral seria 10.000. Ou seja, cada partido precisa obter 10.000 votos para garantir uma vaga.
Eleição por média: Após a distribuição de vagas pelos partidos com base no quociente eleitoral, pode ocorrer que ainda sobrem vagas a serem preenchidas. Nesse caso, a média é usada. Os partidos que não alcançaram o quociente eleitoral completo, mas têm um número significativo de votos, podem conquistar vagas restantes com base na “média” de votos recebidos. Assim, um candidato que, individualmente, teve menos votos pode ser eleito porque seu partido atingiu a média necessária para ganhar uma vaga.
O que é um vereador eleito suplente?
Um vereador suplente é aquele que não foi eleito diretamente para uma cadeira na câmara, mas ocupa uma posição de “reserva”. Suplentes são os candidatos que, embora não tenham conseguido votos suficientes para serem eleitos, ficaram com boas colocações dentro do partido ou coligação.
Se um vereador titular se ausentar definitivamente do cargo (por morte, renúncia, afastamento para outro cargo, etc.), o suplente é chamado a assumir a vaga.
Por que um candidato com apenas 1 voto foi eleito suplente e outro com 164 votos não foi eleito?
Isso pode parecer confuso, mas está relacionado ao sistema proporcional e ao funcionamento das quotas partidárias. No sistema proporcional, não são apenas os votos individuais que contam, mas os votos que o partido ou coligação recebe como um todo.
Se um candidato tem apenas 1 voto, mas está em um partido que obteve muitos votos, ele pode ser eleito suplente ou até mesmo vereador se o partido tiver direito a várias cadeiras. Isso acontece porque os votos são computados primeiramente para o partido, e só depois as vagas são distribuídas internamente entre os candidatos do partido com base nos votos individuais.
Já o candidato com 164 votos, se pertencer a um partido que não alcançou o quociente eleitoral ou não ficou bem posicionado na média, pode acabar não sendo eleito, mesmo tendo uma quantidade significativa de votos individuais.
Isso mostra que, no sistema proporcional, a força do partido é determinante. O sistema visa garantir a representatividade de partidos, e não apenas de indivíduos, para que haja uma distribuição mais equilibrada de poder político.
Para resumir:
- Ser eleito por quociente partidário significa que o partido ou coligação atingiu o número de votos necessários para uma ou mais cadeiras, enquanto ser eleito por média acontece quando as cadeiras restantes são distribuídas com base nos votos restantes.
- Vereador suplente é aquele que fica na reserva para substituir um vereador titular, se necessário.
- Um candidato com menos votos pode ser eleito suplente (ou até vereador) se o seu partido for mais forte eleitoralmente, enquanto outro candidato com mais votos pode ficar de fora se seu partido não alcançar o quociente eleitoral ou a média necessária.
Essas foram algumas curiosidades sobre as eleições municipais de 2024, espero que tenham gostado!